Histórias de sucesso
A FEBRACE já incentivou muitos estudantes a colocar suas ideias criativas e inovadoras em prática. Descubra um pouco mais sobre alguns dos jovens que se destacaram com seus projetos e ganharam reconhecimento por suas ideias. Inspire-se nessas histórias, você também pode usar a sua criatividade e fazer como eles.
Confira algumas histórias inspiradoras acessando a Série Inspiradores Talentos em Ciências e Engenharia.
Abaixo você vai encontrar outras histórias para você se inspirar:
Ana Clara Cassanti
Mestra em ciências ambientais e energia, Universidade de Gronigen (Países Baixos)
Pesquisadora no Institute for Environmental Studies (Amsterdam – Países Baixos)
Ana Clara foi finalista da FEBRACE em 2009, seu projeto de pesquisa desenvolveu uma metodologia de educação ambiental para jovens com o objetivo de conscientização sobre a influência do comportamento individual nas mudanças climáticas. Seu projeto foi selecionado para Intel ISEF 2009, sendo premiado com o primeiro lugar no prêmio concedido pelo IIT – Illinois Institute of Technology – Institute of Psychology.
Ana se tornou engenheira ambiental pela UNESP, mestra em ciências ambientais e energia pela Universidade de Groningen (Países Baixos) e, atualmente, leciona e desenvolve pesquisas no Institute for Environmental Studies (IVM) em Amsterdam (Países Baixos). Além disso, foi uma das fundadoras da Associação Brasileira de Incentivo à Ciência (ABRIC).
“A FEBRACE me auxiliou nos mais diversos aspectos. Com a participação na feira, fui capaz de conhecer diversas pessoas com altíssimo conhecimento científico e com quem mantenho contato até hoje. Aprendi também a me comunicar em um mundo mais ‘adulto’, por assim dizer. E, acima de tudo, a FEBRACE me ajudou a me descobrir como uma apaixonada e possivelmente futura cientista.”
Igor Ogashawara
Doutor em ciências da terra aplicada, Indiana University (Indiana – EUA) }
Pós-doutorando no Leibniz-Institut (Berlim – Alemanha)
Desde muito novo, Igor vem trilhando o caminho da ciência. No ensino médio, estudou no Colégio São Carlos, em São Carlos, SP, e participou de várias olimpíadas e de feiras científicas, como a FEBRACE. O encontro com outras pessoas que sonhavam em mudar a realidade do Brasil por meio da ciência fez com que Igor participasse de três edições seguidas da FEBRACE, 2006, 2007 e 2008, chegando a ser premiado duas vezes com o primeiro lugar na categoria Ciências Agrárias e com a particição na Intel International Science and Engeneering Fair (Intel ISEF).
Sua participação em feiras de ciências colaborou para o desenvolvimento de sua vocação na carreira científica, e Igor se formou em geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Depois fez o mestrado sanduíche no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e na University of Georgia (UGA) em Sensoriamento Remoto e doutorado em Ciências da Terra Aplicada pela Indiana University. Atualmente, faz pós-doutorado no Leibniz-Institute, um instituto de pesquisas na Alemanha voltado para pesquisas em limnologia, mesma área de pesquisa em que deu os primeiros passos na ciência e participou da FEBRACE.
“(…) Como dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece, acredito que nunca me esquecerei das experiências vividas durante minhas três participações na FEBRACE que, com certeza, foram essenciais para confirmar as escolhas: de ser cientista e de divulgar a ciência para todos.”
Juliana Davoglio Estradioto
Graduanda em engenharia química/biológica e estudos da comunicação, Northwestern University (Illinois – EUA)
Em 2015, em seu primeiro ano do ensino médio, Juliana atuou como voluntária em um projeto de extensão com o objetivo de ajudar agricultores em sua produção familiar. Participando desse projeto, Juliana percebeu o quanto se gerava de lixo orgânico em larga escala nas agroindústrias familiares de sua região (Osório – RS). A partir disso, ela iniciou uma pesquisa para auxiliar os agricultores a acharem outra destinação para esse resíduo. Seu projeto desenvolveu um processo de transformação dos resíduos agroindustriais do maracujá em filmes plásticos biodegradáveis. Juliana participou da FEBRACE em 2017 e 2019, tendo sido selecionada para Intel ISEF nas duas participações. Na Intel ISEF 2019, Juliana alcançou o 1º lugar na categoria ciência de materiais na premiação geral.
“Acho que é impossível mensurar. Em minha primeira participação na FEBRACE, eu era uma pequena guria de 16 anos com sonhos enormes. A FEBRACE me fez perceber que meus sonhos podem se tornar realidade, que a ciência jovem brasileira tem muita qualidade e que todos os jovens deveriam ter essas oportunidades. Sou muito grata à FEBRACE por não só ter me tornado uma cientista e profissional melhores (me trazendo direcionamento sobre minhas paixões), mas por ter aberto inúmeras portas, mostrando as diferentes conjunturas que existem no Brasil e no mundo – e o quanto podemos lutar para melhorar isso.”
Leandro Silva Teixeira
Doutorando em matemática aplicada, UNICAMP.
Professor do Instituto Federal Baiano campus Catu.
O professor Leandro sempre gostou de trabalhar com projetos e, quando ingressou como professor no Instituto Federal Baiano campus Valença no ano de 2015, teve a oportunidade de concorrer a editais para conseguir realizá-los. Em 2018, teve a oportunidade de participar da FEBRACE pela primeira vez com o projeto CoLiBRI: Controle remoto para pessoas com Limitação visual Baseado em Reconhecimento e Interpretação de comandos de voz, no qual orientou três estudantes em parceria com o professor Gustavo de Araujo Sabry. Para Leandro ter conhecido a FEBRACE foi uma experiência fantástica que o estimulou ainda mais a conectar ensino e pesquisa.
Para o professor, a FEBRACE mostra que é possível desenvolver pesquisas na Educação Básica e que, por meio da ciência, os estudantes de todos os níveis de ensino podem contribuir para resolver situações cotidianas. O professor destaca também que os estudantes que tiveram a oportunidade de participar da FEBRACE possuem mais interesse em verticalizar os estudos e participar de projetos de pesquisa na universidade.
“A FEBRACE contribuiu para que muitos projetos do IF Baiano ganhassem visibilidade e, consequentemente, muitos estudantes se sentissem motivados a participar de pesquisas científicas. Eu aprendi bastante com as participações e com as interações com professores e estudantes do Brasil e, na ISEF, de outros países também.”
Flávia Santos Twardowski Pinto
Doutora em engenharia de produção, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Diretora geral do Instituto Federal do Rio Grande do Sul campus Osório
A professora Flávia desde criança sempre foi muito curiosa e inquieta. E foi durante o seu ensino fundamental, aos 9 anos de idade, que instigada por sua professora de Ciências ela começou a participar do Clube de Ciências de sua escola.
Em 2014, participou da FEBRACE pela primeira vez e, desde então, tem participado anualmente da mostra de projetos como orientadora. No ano de 2015, a professora teve a oportunidade de conhecer a maior feira de ciências do mundo para jovens pré-universitários, seu projeto foi um dos vencedores do prêmio Intel ISEF na FEBRACE. De 2015 a 2019 orientou 7 projetos que tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos na Intel ISEF.
Foi através da FEBRACE que conheceu o que era STEM e participou do primeiro programa STEM TechCamp BRASIL, uma iniciativa da Embaixada dos EUA no Brasil em parceria com o Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC) e apoio da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e do Grupo +Unidos. Com isso, modificou o modo de dar aulas e a abordagem com seus estudantes. Em 2018, junto a outros colegas do IFRS, participou de um edital do CNPq de STEM para instigar junto a escolas da região meninas nas ciências.
A Ciência a move assim como o ar que ela respira. Ela acredita que na Ciência nem sempre os únicos problemas que surgem são os da própria pesquisa. Fazer Ciência na educação básica é confrontar-se diariamente com os seus estudantes e junto a eles encontrar soluções de problemas, tanto de suas vidas quanto do fato de muitas vezes não haver recursos ou um laboratório para o desenvolvimento da pesquisa. Por isso, ela acredita que a Pesquisa na Educação Básica vai além da bancada; é o desenvolvimento de recursos humanos; é o despertar para a vida; é acreditar que jovens podem pensar em soluções para os problemas que os cercam.
“Eu acredito no potencial de mudança da Ciência, seja da realidade que nos cerca ou em nós mesmos. Estou sempre disposta a acreditar em quem quiser alterar o mundo ao seu redor. Sei que nem sempre os estudantes conhecem a capacidade que possuem de poder mudar o mundo. Mas, o querer é a única coisa que não se constrói. Acredito que se as pessoas tiverem consciência de seu potencial, irão naturalmente manifestar o seu querer.”
Michael Douglas da Silva Santos
Licenciatura em física, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Coordenador geral do Colégio Matriz Educação no Rio de Janeiro
Hoje, professor de física e coordenador geral do Colégio Matriz Educação no Rio de Janeiro, Michael despertou seu interesse pela educação ao participar da FEBRACE como estudante finalista com o projeto “Dispositivo para desfibrilação pós-epidérmica”. Seu projeto desenvolveu um sistema para desfibrilação mais barato, acessível e eficiente utilizando a aplicação de corrente elétrica diretamente através da pele por microagulhas condutoras. Michael se destacou na FEBRACE em 2013, tendo sido premiado com o primeiro lugar em Engenharia e o primeiro lugar em Inovação.
Como estudante universitário e apaixonado pelo ensino de ciências, Michael participou da FEBRACE como voluntário entre 2014 e 2019. Ao concluir a licenciatura em física, começou a ministrar a disciplina de metodologia científica e a orientar diversos projetos de pesquisa em sua escola. Em 2020, participou da FEBRACE, pela primeira vez, como professor orientador.
“A FEBRACE literalmente mudou a minha vida, quando em 2013 tive a oportunidade de ser um dos finalistas. Isso foi um divisor de águas me motivando a ir para a área da Educação, pois meu maior sonho se tornou possibilitar aos meus alunos essa vivência única e indescritível. Esse tipo de experiência é sem dúvidas um grande incentivador para uma nova geração de pesquisadores e educadores.”
Se você participou de edições anteriores da FEBRACE e quer contar mais sobre a sua história, preencha nosso questionário.