Repelente e inseticida feitos de Tucum Mirim conquistam vaga na maior feira internacional de ciências
Desenvolvido por um estudante de Imperatriz (MA), o projeto obteve ótimo resultado: conseguiu levar à morte um a cada dois insetos transmissores de arboviroses, além de tornar as larvas estéreis.
O estudante Gustavo Botega Serra, morador de Imperatriz (MA), encontrou em uma tradição rural a solução para combater arboviroses, doenças como dengue, zika, febre amarela, que são transmitidas por mosquitos. A partir de Tucum Mirim, um fruto cultivado no Cerrado, ele desenvolveu um repelente e um inseticida contra os insetos transmissores. Por esse feito, seu projeto foi um dos nove selecionados pela 21ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) para participar da International Science and Engineering Fair (ISEF) – a maior feira de ciências e engenharia do mundo, que acontece nos Estados Unidos, de 14 e 19 de maio.
Em sua pesquisa, Gustavo observou que a população local de Cachoeirinha (TO), município próximo à fronteira com seu estado, amassava o Tucum Mirim e o esfregava na pele para utilizá-lo como um repelente e um inseticida natural. Nos laboratórios da Universidade Estadual do Maranhão, por meio do programa Cientista Aprendiz, do qual participa a Escola Santa Teresinha, seu então colégio, o estudante atestou a eficácia do fruto e desenvolveu um modelo de inseticida e de repelente à base de álcool, extrato e óleo da polpa coletados e produzidos a partir do Tucum Mirim.
Em testes com animais, além de levar à morte um a cada dois insetos, a solução tornou as larvas estéreis, conforme apontaram os testes genéticos e moleculares. Ela se mostrou também mais eficaz por conservar 86,9% de seus princípios ativos, mais do que o triplo do que os fármacos industriais; assim como em todas as amostras de repelentes desenvolvidas registraram taxas de eficácia superiores a 90%. O Tucum Mirim, segundo Gustavo, pode ser cultivado também em outras regiões com solos similares.
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Sobre a Regeneron ISEF: A Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF) é uma feira de ciências anual nos Estados Unidos, organizada pela Society for Science. O evento reúne mais de 1.700 estudantes de cerca de 70 países, que competem na feira por bolsas de estudo, estágios, viagens de campo e outros prêmios, que juntos perfazem um total de US$ 9 milhões em premiações. A delegação brasileira é composta, no total, por 25 estudantes. Doze deles foram selecionados pela Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), de São Paulo, patrocinada pela Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, e os demais pela Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (MOSTRATEC), de Novo Hamburgo (RS). Na edição anterior da ISEF, o Brasil foi o 10º país mais premiado, ISEF, com oito prêmios e uma menção honrosa.
Sobre a FEBRACE: Promovida anualmente pela Escola Politécnica da USP e realizada pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), a FEBRACE é a maior feira brasileira pré-universitária de Ciências e Engenharia em abrangência e visibilidade. Seu objetivo é estimular a cultura científica, a inovação e o empreendedorismo na educação básica e técnica, despertando novas vocações nessas áreas e induzindo práticas pedagógicas inovadoras nas escolas. Na feira, são selecionados todos os anos nove projetos para participar da ISEF.
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